Sem dúvida um das maiores queixas de pacientes homossexuais em consultórios Psi. são sintomas depressivos ou a depressão como doença já instalada, o número da doença entre homossexuais é de 3 a 7 vezes maior em comparação aos heterossexuais ( Ribeiro, 200o ), metade dos suicídios podemos considerar que são cometidos por LGBTs (  Marc Shelly, 2003 ) . Agora porque isso acontece? Bom, quem começou lendo pode se desarmar achando que isso é pelo fato do ser homossexual, não é bem por ai. Vamos a explicação.

Na Psicanálise, trabalhamos muito com conflitos, o que chamamos de Neuroses, que se desenvolvem e viram psicopatologias como Depressão, Ansiedade Generalizada, Fobias, etc…

Podemos dividir na Psi. a homossexualidade em como duas.

Homossexualidade Egodistônica - Quando o indivíduo está desconfortável com sua orientação sexual (por pessoas do mesmo sexo). Neste caso é considerada um transtorno da sexualidade. Este “desconfortável” é por conta de fatores externos como a imposição social e religiosa do certo e errado, do que é bom e do que é ruim.

Homossexualidade Ego-sistônica - Quando o indivíduo não apresenta problemas em aceitar sua homossexualidade. Não é considerado um transtorno.

Ambos contém em fator comum a orientação sexual homossexual que não é passível de mudança! Não existe tratamento! Não há sequer um relato clínico de “reversão de sexualidade” ou de “re-orientação sexual”, isso é falácia! Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, o máximo que conseguiram com Terapias de “Reversão sexual” foram extremos danos a psiqué humana, incluindo ai, depressão, pânico, ansiedade e até mesmo suicídio! O Psiquiatra, Psicanalista ou Psicólogo que propor este tipo de terapia deve ser denunciado ao conselho a qual ele é filiado e/ou ao Ministério da Saúde por colocar em risco a saúde de paciente.

Do ponto de vista psicanalítico a depressão no homossexual se instala por um conflito entre o ID e o Superego.

ID : Polo Punsional da personalidade humana, são as nossas expressões psiquícas de nascença, traçadas pelos nosso genes e pelos nossos 2 primeiros anos de vida, ou seja, o nosso real desejo, imutável.

Superego: Constitui parte da psiqué pela interiorização das exigências e das interdições parentais, ou seja, são as nossas crenças, filosofias, idéias, preconceitos, opinião imposta, é mutável, com trabalho analítico.

Ego: Se encontra no meio do ID e do Superego, ele atende tanto as reivindicações do ID como imperativo e atende também a reivindicações do superego, porém não como imperativo, tento o ID como instinto maior poder de dominação sobre o ego, podemos dizer então que o ego é o que equilibra o que somos e o que aprendemos a ser, quando se há uma incompatibilidade, mesmo que a nível inconsciente o ego para de atentar as reivindicação de um ou outro, ou de ambos, ativando os mecanismos de defesa que são responsáveis por proteger nossa Psiqué, quando eles se tornam “viciados” ou falham abrem porta para as psicopatologias.

o homossexual já nasce assim, com desejos e uma psiqué formada para se satisfazer emocionalmente, sexualmente, espiritualmente com alguém do mesmo sexo ( ID ), porém ele aprende com a sociedade, com a religião, com a vontade dos pais, da família, com a “normalidade” que o ideal é se atrair pelo sexo oposto ( Superego ) e isso entra em conflito com sua ID que é a sua essência, causando atrito e enviando informações para o nosso mediador ( EGO ), que para impedir que nossa mente dê uma “pane” ativa os mecanismos de defesa, tais como a expiação, toda vez que ele pensa em um ato homossexual ele se castiga socando a parede, se mutilando e isso alivia as pressões do EGO, outras vezes se ativa a  compensação, já que ele é um homossexual e sabe disso, fará tudo para ser a pessoa mais inteligente do mundo, porém os 2 tem seu limite, a expiação chega a um ponto aonde o suicídio se torna a real mostra de sua negação ( duplo mecanismo ) a sua real essência e como não pode anulá-la, em prol da sociedade, da filosofia, da religião ( do superego que é relativo ) se suicida. A Compensação pode causar sérios danos, pois ela tem como característica escolher uma coisa para compensar a outra e acaba “sugando” toda a força que se tem para fazer outras atividades do dia a dia, tais como exercícios, boa alimentação, diversão, convívio social além de um dia poder ver que alguém pode ter um QI mais alto que o seu causando grande frustração e consequentemente uma depressão!

“Considerando-se que as causas conhecidas da depressão envolvem fatores biológicos, psicológicos e ambientais, o que se tem notado, como observam os psicólogos americanos Marny Hall e Kimeron Hardin, especializados no tratamento da depressão em homossexuais, é que no caso dos homossexuais o fator ambiental tende a desempenhar um papel desproporcional nessa equação.

Expostos a uma sociedade heterocentrada e homofóbica, desde cedo percebemos o estigma social vinculado a nossa orientação sexual e rapidamente desenvolvemos mecanismos internos de repressão e sublimação de nossos sentimentos. Ao mesmo tempo, como forma de evitar a rejeição de quem amamos e a discriminação social, aprendemos a disfarçar nossos impulsos, a controlar comportamentos e atitudes e a evitar quaisquer sinais que possam nos comprometer. Como resultado desse processo interno e externo, acabamos prejudicando seriamente nossa auto-estima e nos tornando defensivos, introspectivos e distantes emocionalmente.

É comum na adolescência, quando esses conflitos normalmente se acirram, o aprofundamento de sentimentos de solidão e desespero e o surgimento de fantasias (e até mesmo tentativas) de suicídio. É nessa fase também que muitos passam a consumir álcool e drogas como forma de aliviar o sofrimento.

Durante a vida adulta, pressões familiares, sociais e profissionais continuam a exercer um papel importante em nosso bem-estar psíquico e emocional e, dependendo do nosso grau de auto-aceitação e de visibilidade social, passam a ser fator determinante na manifestação ou na recorrência da depressão.

Assim, desencadeada inicialmente pela homofobia real e depois internalizada, a depressão em homossexuais adquire também dimensões biológicas e psicológicas, e seu tratamento psicológico requer atenção especial nessa dinâmica de desenvolvimento. De acordo com Marny Hall e Kimeron Hardin, são dois os estágios desse tratamento (ao qual muitas vezes deve-se associar o uso de medicamentos).” –  Por Klecius Borges

Embora a depressão se manifeste de forma mais intensa e ampla em homossexuais ela não é algo incurável nos mesmos e nem os torna vítimas de regra da doença.

Quandos os primeiros sinais da depressão começarem a se instalar, procure um Terapeuta e um Psiquiatra, segue a lista dos sintomas:

  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
  • Pessimismo
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Inquietação
  • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade para chorar
  • Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança…
  • Dificuldade de terminar as coisas que começou
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Persistência de pensamentos negativos
  • Queixas freqüentes
  • Sentimentos de culpa injustificáveis
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual
Quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápido e maior a chances de cura.